Os adolescentes num dia em Odemira
Porque a escola não é o único espaço onde podemos aprender, fomos a Odemira saber mais sobre o chocolate e o barro!
Porque a escola não é o único espaço onde podemos aprender, fomos a Odemira saber mais sobre o chocolate e o barro!
No dia 19 de Maio, nós, o grupo de adolescentes, fomos a Odemira com os professores Benjamin, Fernando e Sílvia visitar a Chocolataria da Beatriz e a Olaria da Inês Viana. Foi com muito entusiasmo que subimos a escadaria que leva até à pequena fábrica artesanal de chocolate, porque já sabíamos que nos esperava uma manhã muito doce! A Beatriz, a mentora deste projecto que já está aberto há mais de dez anos, recebeu-nos com um sorriso e com muitas informações sobre o cacau: desde a sua origem até ao instante que se derrete na nossa boca. Pudemos ver fotografias da árvore, do fruto e das sementes do cacau, alguns mapas com as regiões de produção deste fruto e tivemos também a oportunidade de saborear pedaços de pasta de cacau cru. Depois, a Beatriz a a Tânia, a sua colaboradora, mostraram-nos como trabalham as pepitas de chocolate: temperar, modelar e, por fim, decorar com chocolate branco. Nesta última fase, fomos convidados a colocar as mãos na massa: fizemos pequenos cartuchos de papel vegetal que serviram de “sacos de pasteleiro” para desenhar com o chocolate em estado líquido! Foi uma bela experiência que, uns dias mais tarde, na escola, mostrámos aos outros colegas e, claro, saboreámos com muito prazer! Na hora do almoço, fizemos um piquenique no Parque das Águas e, às duas da tarde, já estávamos à porta da Olaria, na Boavista dos Pinheiros. Fomos simpaticamente recebidos pela Inês Viana, oleira de profissão e paixão, que quando tinha 8 anos disse aos pais que um dia mais tarde iria trabalhar com o barro. E assim foi. A Inês começou por nos explicar um pouco sobre os diferentes tipos de barro existentes em Portugal e lembrou-nos que esta é uma arte com muitos séculos. Num segundo momento, aproximámo-nos da bancada de trabalho e começámos por amassar um pedaço de barro que veio a ser, depois, modelado na roda de oleiro. Quando a Inês colocou a roda a funcionar, assistimos a um momento de magia: as suas mãos transformaram aquele pedaço de barro em diferentes objectos. “Agora quero-o mais largo! Agora mais estreito! Não quero isto assim, quero assim”, ia a Inês dizendo à medida que as suas mãos trabalhavam na roda e aquelas palavras soavam mesmo a pós de perlimpimpim! Chegou a nossa vez de experimentar a roda de oleiro: escusado será dizer que precisámos da ajuda da Inês, mas foi uma oportunidade incrível de ver uma bola de barro a transformar-se em jarras, taças, canecas… Regressámos a casa cheios de momentos doces e artísticos para partilhar. E tu, também gostavas de pintar com chocolate e pôr as mãos no barro?